sábado, 25 de setembro de 2010

Capítulo 4 — High School Never Ends

Patrick naturalmente tinha ficado puto com seus novos roommates, e pedido pra eles pegarem leve. Na verdade, tinha dado o maior escândalo pra que eles evitassem se meter em problemas pelo menos até segunda-feira, quando teriam suas primeiras aulas na faculdade.
Apesar de inseparáveis, cursariam coisas diferentes. Kayke, apesar da imagem de bitch louca, era super culto e sonhava em cursar filosofia já há alguns anos. Laysa faria publicidade, e Viviane, moda. Patrick já estava no quinto semestre de Letras.
— E vocês façam o favor de fazerem cosplay de gente normal. — disse Patrick, tomando a direção do prédio onde teria sua primeira aula do semestre, e deixando os três no campus.
— Peraí mamãe, você esqueceu de dar a tupperware com lanchinho. — disse Viviane.
— É tão bonito ver a mamãe voltar a estudar depois de um divórcio difícil, junto com as três filhas. — Laysa completou, rindo.
— Divórcio difícil? — Kayke perguntou.
— Todo mundo sabe que ele ainda ama o César. — disse Laysa, distraidamente.
Viviane e Kayke trocaram um típico olhar-Viviane-e-Kayke.



Estavam os quatro almoçando juntos depois das primeiras aulas do dia. Kayke estava extremamente empolgado com todos seus professores, que eram super lindos e cultos, do jeito que ele gostava. Laysa estava adorando tudo e fazendo mil amigos, e Viviane estava empolgada com as meninas que faziam aula com ela, todas tatuadas, com piercing e cabelo colorido, do jeito que ela gostava.

— E elas têm uns projetos muito lindos de roupa, meldels. E o Marcos, ele é tuuuudo. Ele é o único cara no meio da gente, e é claramente gay porque senão eu não estaria encantada com ele. — Viviane tagarelava sem parar, sem sequer tocar seu almoço. — Eu tenho que ficar amiga dele, mas ele anda com uma patricinha burra que além de não entender porra nenhuma de moda, fala com um sotaque espanhol falso horrível e tentou boicotar uma idéia que eu tiv---

Antes que pudesse terminar a frase, sentiu algo gelado caindo sobre sua cabeça de uma vez, como se São Pedro tivesse jogado um balde de chuva em cima dela. E só dela.
Exceto pelo fato que não era água.
— Aaaaaaaai, descuuuuulpa! — gritou uma voz irritante, parecendo tudo, menos desconcertada por ter derrubado uma garrafa inteira de coca light.

Isso é o que você ganha por falar das pessoas sem se certificar se elas estão por perto, Viviane.

— Dulce... — uma voz ronronou, e Viviane reconheceu Marcos, a única pessoa do mundo que conseguia usar uma espécie de terno com suspensório, o que era uma coisa bizarra se você for analisar, mas nele ficava totalmente lindo. — Linda, vamos dar um jeito nesse seu cabelo.
Marcos conduziu Viviane para fora da enorme lanchonete, e Dulce, sem nenhuma cerimônia, sentou-se ao lado de Kayke.

— Tenho certeza que te conheci em Madrid ou Cancun. — disse ela, toda trabalhada no sotaque falso, jogando uma cascata de cabelos alourados de um lado pro outro. — Mas me diga, você cursa filosofia né?
— Climão manero. — Laysa sussurrou, revirando os olhos, enquanto Patrick parecia muito compenetrado com seu livro.


Enquanto isso, Marcos ajudava Viviane a lavar o cabelo no banheiro feminino mais próximo.
— Aquela vadia. — dizia Marcos, esfregando vigorosamente o couro cabeludo da amiga recém-adquirida. — Primos são a pior coisa do mundo, principalmente com aquele sotaque forçado horroro---
— Marcos, você sabe que não pode ficar aí dentro. — uma voz vagamente familiar alertou de fora do banheiro, aos berros.
— Pode entrar aqui e ver que não estou estuprando a garota. — disse Marcos, de forma afetada. — Aliás, é uma garota, Matheus.
— Embora a gente esteja numa posição estranha. — disse Viviane, a voz meio abafada; estava inclinada sobre uma pia baixa demais, de bunda pra cima, com Marcos atrás dela, fazendo espuma vermelha nos cabelos dela.
— Caralho, você. — disse Matheus. — Qual o tamanho dessa cidade afinal?
— Ela deve caber umas quatro vezes dentro do meu cu. — disse Marcos.
— Isso não significa que é pequena. — Matheus respondeu.
Marcos estava secando o cabelo de Viviane com o secador minúsculo que carregava na mochila. Nem Kayke tinha toda essa paranóia em carregar todo seu arsenal de itens de beleza, foi o que ela pensou. E foi só pensar nele que recebeu uma mensagem.

“Não me esperem depois da aula. Vou sair com a Dulce”.

sábado, 18 de setembro de 2010

Capitulo 3 - Aham, Honey K.


- Estou me sentindo a Lady Gaga em Telephone *-* - disse Kayke, na recepção da cadeia.
- E eu a Beyoncé vindo te buscar. – Disse Vivi – Ainda bem que Matheus é rico e gente boa.
A fiança estava paga graças ao Matheus, o cara que Viviane havia encontrado na boate no dia anterior. E com quem ela havia tido sexo casual.
- “Treparam”? Nossa, como o sexo foi banalizado. E que palavra vulgar de ser dita, Viviane. – disse Patrick, algumas horas antes, no momento em que ela estava contando sobre os telefonemas que acabara de receber.
- Nossa, como você é out. – Retrucou Vivi, com cara de desdém.
- Você não viu nada, amiga. Uma vez ele ficou 5 dias sem falar comigo simplesmente porque eu coloquei dois terços de Vodca no copo dele para um terço de refrigerante, quando na verdade era para ser o contrário. – Falou Laysa, sorrindo de canto.
- Você queria me deixar em coma alcoólico.
- CALEM A BOCA! – interrompeu Vivi – Kayke está preso porque encontraram ecstasy no bolso dele. E é CLARO que não foi ele. Estou indo para a prisão agora, ele disse que vai me explicar melhor lá porque por telefone não podia.
Alguns minutos depois, estavam os três na prisão, prontos para ouvir a história do Kayke. Ao começar a contar, a cena recriava-se na cabeça dele.
Tudo tinha começado na noite passada, quando César estava beijando-o.
A excitação do momento fez com que os dois fossem para a Dark Room¹ da boate.
Acabaram fazendo sexo ali mesmo, sem camisinha. César era gostoso, isso fazia com que Kayke não se importasse muito com tudo.
- Vamos usar isso, vai ficar tudo mais maneiro. Pode apostar, mano. – Disse César, mostrando umas balas estranhas para Kayke, que mesmo sendo super afeminado, não era burro, e sabia que se tratava de drogas.
- Não gato, valeu mesmo. Eu não curto isso! – Ele já havia experimentado uma vez, e a experiência não foi boa. Desde então prometeu nunca usar isso novamente e possuía um ódio mortal por drogados. Menos por maconheiros, porque senão ele ia ter ódio mortal de metade do mundo.
Resolveram continuar o sexo, mas Kayke pensou em dar uma lição no playboy drogadinho que estava pegando. Mordeu o pinto do cara na hora do sexo oral.
César deu um grito de dor, mas não pensou duas vezes em revidar. Deu um chute no rosto do Kayke, que caiu no chão da Dark Room. Com a escuridão do lugar, ninguém se importou ou viu o que aconteceu. Nem mesmo se importaram com o grito que César soltou. Eles se misturavam com os gritos de prazer que se ouviam ali.
Kayke, depois disso, não se lembrava de mais nada, e não pode terminar de contar para todos o resto da história, mas acreditava que tudo, até as drogas no bolso dele, faziam parte da vingança do César.
- Precisamos te tirar daqui – Disse Vivi – Mas como?
Nessa hora, o telefone de Viviane tocou. Era o Matheus. Ela havia se esquecido de retornar a ligação aquela hora. Atendendo o celular, ela explicou tudo para Matheus, que prontamente disse que poderia ajudar.
Tudo estava se passando muito rápido, e em menos de duas horas, Viviane estava na cadeia, pagando a fiança do Kayke, chegando o momento em que começou essa história.
- Pronto, marginalzinho, você está solto graças a sua amiga aí. – Disse o delegado, enquanto o Kayke saia da delegacia. Ele não parava de olhar para o delegado, que era muito gostoso e macho. O tipo que Kayke gostava.
Os cinco  - Kayke, Laysa, Vivi, Patrick e Matheus – estavam saindo do local quando escutam um policial trazendo um homem algemado.
- Senhor delegado. Esse aqui foi pego com drogas também. Mas pelo jeito é traficante, é muito ecstasy para uma pessoa só.
- PORRA, esses marginaisinhos estão cada vez mais freqüentes por aqui. Jogue ele naquela cela em que estava aquele viado.
Kayke olhou rapidamente para o preso. Era o César, que retribuiu o olhar. Mas retribuiu com um olhar terrível, que fez com que Kayke fosse correndo para o carro, esquecendo-se até do delegado gatinho.


Continua....


¹ Darkroom (do inglês, quarto escuro, também designado por backroom ou blackroom) é um quarto ou sala com iluminação muito baixa ou totalmente escura que existe em alguns bares ou saunas. Em Portugal usa-se normalmente a expressão quarto escuro para referir-se a estes locais que, embora sejam raros no país, são frequentes noutros locais do mundo. muito baixa ou totalmente escura que existe em alguns com
A finalidade do dark room é atividade erótica ou sexual entre os presentes que é quase anônima por causa da escuridão, e por isso pode ajudar reduzir as inibições das pessoas. [Via Wikipédia]

domingo, 12 de setembro de 2010

Capítulo 2 — Lovers are in trouble

This is our decision, to live fast and die young. We’ve got the vision, now let’s have some fun.
Viviane acordou com essa música, que poderia perfeitamente descrever sua nova vida, ecoando na mente. Abriu os olhos, retomando a consciência aos poucos e, junto com ela, as sensações incômodas de dor de cabeça e boca seca e amarga.
Percebeu que a música não vinha de sua mente, e sim do computador ligado. Patrick entrou no cômodo que, Viviane se deu conta, era a sala de sua nova casa. O loiro entregou-lhe uma xícara de café e aumentou o volume da música.
Enquanto bebia o café, lapsos da noite anterior começaram a surgir.
Tudo tinha começado cerca de onze e meia de uma noite que estava sendo muito pacata. Recém-chegados na cidade, Kayke, que tinha um temperamento bem mais tranqüilo que a quase-namorada, e Viviane, que estava apenas muito cansada da longa viagem, tinham resolvido ficar em casa naquela noite. Patrick e Laysa também não estavam com muito ânimo pra sair, até porque era apenas quinta-feira.
Tinham pedido pizza e estavam conversando sobre a vida, quando Patrick comentou que um amigo da faculdade, César, era stripper numa das boates mais famosas da cidade e Viviane, elétrica e quase hétero, queria ir correndo não só ver o cara, mas também pedir emprego lá.
— Sua louca, não vou deixar você virar stripper — disse Kayke, em tom de brincadeira, mas visivelmente enciumado. Seus amigos mais antigos, como Laysa, já estavam acostumados com a relação dos dois: apesar de extremamente aberta, um morria de ciúme do outro e era raro eles ficarem com outras pessoas.
— Não precisa ser como stripper. Nós precisamos trabalhar, sabia? — disse ela, correndo pra trocar de roupa – na frente de todo mundo mesmo, desembaraçada do jeito que era – e colocar seu melhor sapato.
— Não se preocupem comigo, vou me acostumar a ver uma ruiva tatuada ficando pelada na minha frente todos os dias — disse Patrick.
Viviane sorriu, e em meia hora estava dentro de um táxi com Kayke e Laysa. Era sempre assim, a ruiva audaciosa tinha as idéias mais loucas e seus amigos, mesmo que a contragosto no início, aceitavam. Quase sempre todos se divertiam. Ela se encarregava disso, se nada de interessante acontecesse.
Entraram na enorme boate sem mais problemas. Era tudo muito diferente da cidade natal dos três, no interior. Kayke parecia o mais deslumbrado, mas com certeza era pelo grande número de strippers masculinos, e não pelas dimensões do local.
Reconheceram César com facilidade, Patrick tinha mostrado algumas fotos dele. Assim que a primeira parte do show acabou, César dirigiu-se justamente até a mesa deles e começou a dar em cima de Kayke, simples assim. Ele sabia que era irresistível, com seu corpo bem delineado, olhos verdes extremamente sedutores e cabelo liso e escuro. Viviane, sem bem saber se estava com ciúme ou se divertindo, começou a passar a mão em seu amigo colorido, por baixo da mesa, pra comprovar que só o fato de César ter se aproximado dele o tinha deixado de pau duro. Ela riu e, antes que pudesse falar qualquer coisa com o stripper sobre conseguir emprego lá, os dois, César e Kayke, estavam se beijando.
Laysa tinha sumido pro banheiro com alguma menina (ou algum emo, sabe lá Deus) já havia alguns minutos. Viviane, se sentindo meio boba por estar lá sozinha, levantou-se da mesa com seu copo e foi andar por aí, mas não foi muito longe: esbarrou em alguém.
— Daí eu só lembro que era um cara moreno e muito fofo que me levou pra beber lá fora, mas não sei como eu cheguei aqui. — disse Viviane. — Não faço a mais puta idéia do que houve com a Laysa e com o Kayke.
Patrick se abaixou pra pegar um papel, do lado do travesseiro onde Viviane tinha dormido, no chão, e começou a discar o número.
— Alô, por acaso você conheceu uma ruiva louca ontem? — Patrick perguntou, sem a menor cerimônia, e ligou o viva-voz.
— Ah sim. — o cara do outro lado riu, e Viviane arrepiou um pouco de ouvir a voz dele novamente. — Peraí, depende, você é o namorado dela?
Patrick passou o telefone pra sua nova amiga.
— Oi, Matheus. — disse Viviane, vendo o nome anotado junto com o número.
— Por isso que eu ainda gosto de mulher, vocês ligam tão mais rápido que os bofes. — disse Matheus.
— Meu Deus mais um gay na minha vida. — sussurrou Viviane. — Eu só queria saber como eu cheguei aqui ontem.
— Sua amiga te colocou num táxi e você insistiu pra eu vir com você. Eu fui, nós trepamos na sala, você dormiu, eu marquei meu nome e meu telefone e vim embora.
— Tenho outra ligação na linha, só um minuto. — disse Viviane. Apertou o botão, e era Kayke. Completamente desesperado. — Você precisa me ajudar, Vivi. Eu fui preso.
Viviane começou a rir histericamente, simplesmente não podia ser verdade.
— Você nem me bate quando eu peço durante o sexo, o que você fez pra ser preso? — ela perguntou, ainda com total descrença.
— Drogas. Encontraram um monte de ecstasy no meu bolso.





Continua...

sábado, 11 de setembro de 2010

Capitulo 1 – Viviane


Viviane. Nome de origem francesa que significa vivaz, cheia de vida. E era assim que Viviane era: esperta, calorosa, energética, quente.... viva!
Talvez essa vida toda não estivesse na vida em que queria, mas sua mente estava. E se estava.
Esse seria um dia especial, ela começaria uma nova vida, palavra tão repetida até o momento, mas que define profundamente essa história.
Ela e seu namorado, o Kayke, se mudaram para a cidade grande assim que terminaram o ensino médio e faltava pouco para eles começarem a estudar na tão sonhada universidade.
Podia-se dizer que os dois tinham um relacionamento aberto. O Kayke não gostava de mulheres, por assim dizer. Só da Viviane. Ele seria Vivianessexual se não fosse gay e pegasse muitos homens.
Ela não se importava muito com isso, ou pelo menos aparentava não se importar, afinal, ela também não era um exemplo de heterossexualidade. Sempre se sentiu diferente e com 17 anos experimentou a sua amiga, a Laysa.
Laysa, Kayke e Viviane eram amigos inseparáveis, até que 3 meses atrás Laysa resolveu seguir seu coração e ir para Belo Horizonte encontrar um namorado virtual e nunca mais deu noticias, a única informação que eles tinham era o endereço dela, grafado na carta de natal enviada por ela.
Coincidentemente, ou não, a universidade na qual Kayke e Viviane estudariam era em Belo Horizonte, mesma cidade para onde a Laysa tinha fugido.
- Olha, semana que vem começam as aulas, temos uma semana de vadiagem, podíamos ir encontrar a Laysa, quem sabe ela não tenha um emprego para nós? E imagina que legal seria nós 3 unidas novamente!! – disse a Viviane, sempre usando o gênero feminino para se referir ao grupo deles, afinal Kayke não era o que poderia ser considerado um exemplo de macho.
- Adoraria – disse Kayke, com brilho nos olhos – Ela tem que ver como ficou meu cabelo depois daquela hidratação e nós temos muitos bafons pra contar pra ela. Ai, vai ser tudo!
Então os dois foram para o endereço que estava naquela cartinha, usando o carro do Kayke, que era digno, fino e pop. Como divas, com Katy Perry no som do carro e vento em seus cabelos, eles chegaram rapidinho no local.
- Droga, esse vento acabou com meu cabelo. Espero que ela tenha chapinha aí...
Viviane nem falava nada das frescuras do Kayke, ela já estava acostumada.
Ao baterem na porta, foram atendidos por um cara loiro, alto, de olhos azuis e um pouco tímido.
- O que vocês querem? – disse o cara, com olheiras profundas, como se não tivesse dormido nada a noite.
- Nós queríamos encontrar a Laysa. Ela mora aqui? Acho que não, né? – disse Viviane, olhando o cara estranho de cima para baixo.
- AHHHH, a Laysa, a moradora nova da republica? LAYSAAAA, visita pra você!!
- Já vou Patrick, já vou. – disse ela, com expressão apática, que mudou radicalmente ao olhar os dois seres na porta. – VIVIIIIIIIIIIIIIIII, KAYKEEE, VADIAS, SAUDADES DE VOCÊS SUAS LINDAS, VENHAM AQUI, ENTREM NO NOSSO LAR.
Dois minutos depois, estavam todos sentados na sala da simpática republica, menos Patrick que estava na cozinha preparando o café.
- Então só moram vocês dois aqui? Ele é o tal do namorado virtual que você veio encontrar? – disse Kayke, lixando as unhas.
- ENTÃO.... eu tava com vergonha de falar pra vocês. Eu vim encontrar o Kim, sabe? O meu namorado virtual. Cheguei aqui nessa casa e descobri que o Kim na verdade era a Kim. Uma lésbica feia e chata que nunca conseguiria uma namorada se não mentisse, eu chorei muito e o Patrick que morava aqui com a Kim ficou chocado com tudo, acabou me defendendo. Humilhada ela saiu daqui e o Patrick me acolheu. Tinha mais gente morando aqui, mas sabe como é, né? Alguns se formam na faculdade, outros desistem dela, daí acabam voltando pras suas cidades, abandonando a republica.
- Você ta pegando o Patrick? – disse Viviane, com cara de safada.
- CAPAZ! Não tem perigo, ele é mais viado que o Kayke.- o silêncio tomou conta da sala, neste momento. – QUER DIZER, não tem ninguém mais viado que o Kayke, mas ele é gay sabe? Só não parece tanto assim, de primeira vista.
Depois de conversarem e colocarem as fofocas em dia, Laysa mostrou o quarto aonde Kayke e Viviane iriam dormir.
Uma nova vida estava começando para ela, tão vivida e agitada garota. Até seus piercings e tatuagens estavam ansiosos para a nova vida que esperava por ela.
Viviane. A garota-mulher com fome de vida, estava prestes a se fartar.


Continua....